Chega sem pedir licença...
Sem fazer perguntas...
Sem cerimônias...
Apenas surge e depois desaparece...
Sem querer saber se estou triste ou alegre...
Se este é um bom dia ou pior dos dias...
Se estou bem ou padeço de uma patologia qualquer...
Ele apenas chega e toma o que lhe pertence...
Me deixa sem folêgo...
Me faz voar, sem tirar os pés do chão...
Me acaricia com sua brisa...
Seu leve toque...
Com seu abraço...
Demonstra sua força por vaidade...
E se faz fraco por sua propria vontade...
Traz e leva consigo as folhas que foram abandonadas...
Talvez querendo que elas enfim cumpram com o seu propósito...
Me traz um sentimento de felicidade...
Ao me encontrar logo cedo...
E me traz um leve descanso...
quando me acompanha até em casa...
Não peço sua companhia...
Mas como um fiel amigo, sempre me acompanha...
Não me dá conselhos, não me conta segredos...
Mas sempre que pode canta para mim...
Em tempos que canta forte, uivante...
Mas como todos também desafina!
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